terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Homenageado do Mês: Suárez, um arquiteto Bola de Ouro


Como todos já devem saber, a cada mês nós homenageamos um jogador que tenha passado e feito história com a camisa da Inter. Nesse mês, eleito em nosso grupo no facebook, o escolhido foi o Espanhol Luis Suárez.
Luis Suárez Miramontes

Zapeando pela internet, encontrei um texto que resume a vida do jogador e em alguns trechos o próprio Suárez fala sobre sua experiência como jogador e treinador. Então, com vocês, "O Arquiteto" da bola.


"Ele começou jogando com uma bola de pano nas ruas da cidade da Corunha, no noroeste da Espanha. Todos os colegas o queriam no time na hora das peladas. Logo chamou a atenção do Deportivo La Coruña, e aos 17 anos já estreou com a equipe da Galícia. Apesar da juventude, Luis Suárez Miramontes já demonstrava a elegância e a classe que o caracterizariam por toda a vida.

Em 1954, o veloz meia-esquerda foi contratado pelo Barcelona, que confiou na sua técnica, visão de jogo e faro de gol. Na Catalunha, Suárez foi comandado por Helenio Herrera, um treinador que seria fundamental na sua carreira. Jogou sete temporadas no Barça, ganhou dois campeonatos nacionais, foi bicampeão da Copa do Rei e ainda ergueu a Copa das Feiras, precursora da Copa da UEFA.

Apesar de tantos títulos com o Barça, faltou-lhe talvez o principal. Na última partida com a camisa azul-grená, em 1961, perdeu a final da Copa dos Campeões da Europa por 3 a 2 diante do Benfica. "Foi a nota negativa da minha passagem pelo Barcelona", confessou Suárez há alguns anos aoFIFA.com. "Sempre digo que de todas os finais que joguei foi a única que perdi e, no entanto, da forma como se desenvolveu a partida era a que devia ter ganhado. Ficou essa espinha na garganta."

O galego entrou em campo para aquele jogo sabendo que seria o último com o Barça. Herrera, já então treinador da Internazionale, havia pedido a contratação dele, e a equipe italiana não economizara, investindo um valor recorde de 25 milhões de pesetas para adquiri-lo cinco dias antes daquela final. Depois da saída do meio-campista, o Barcelona demoraria outros 14 anos para ganhar uma liga, o que só viria a acontecer com a chegada de Johann Cruyff.

A grande Inter
Fiel ao estilo desbravador dos galegos, Suárez foi um dos primeiros jogadores espanhóis a fazer carreira fora do país. O destino escolhido foi a Itália, levando na bagagem a Bola de Ouro obtida em 1960, a única até hoje conquistada por um jogador espanhol. "Muitos espanhóis já mereceram esse prêmio", explicou ao FIFA.com. "Depende muito do momento que você está vivendo. Você precisa ter a sorte de que outro grande jogador não esteja rendendo tanto quanto você. Houve grandes craques que nunca alçaram esse troféu. Tê-lo ganhado em uma época em que havia jogadores do nível de Di Stefano e Puskas foi ótimo."

Suárez na sua chegada a Milão

Paradoxalmente para um meia goleador, Luis Suárez se tornou ainda forte nas mãos do inventor docatenaccio. Ele teve de adaptar o seu estilo de jogo, acostumado à busca incessante pelo gol, para jogar em um futebol italiano que procurava, em primeiro lugar, evitar a derrota. "Eles priorizavam não sofrer gols, e eu vinha de outra mentalidade. No Barcelona, jogava como meia e fazia muitos gols. Tive de me adaptar a essa nova situação pelo bem da equipe e para conquistar títulos."

Suárez sempre teve talento de sobra para adaptar-se e ir além. Seguiu levantando taças como o maestro da Inter, ao lado de astros como Mario Corso, Giacinto Facchetti, Sandro Mazzola, Tarcisio Burgnich, Aristid Guarneri, Angelo Domenghini, o capitão Armando Picchi e o brasileiro Jair da Costa. Em nove temporadas pelo clube, ganhou três títulos italianos, duas Copas dos Campeões da Europa e duas Copas Intercontinentais. E seguiu fazendo bonito no troféu Bola de Ouro: foi segundo colocado em 1961 e 1964, e terceiro em 1965.

Enquanto se tornava uma lenda no timaço da Inter, também fez história como capitão de uma seleção espanhola inesquecível: Iríbar; Rivilla, Calleja, Zoco e Olivella; Fusté, Amancio, Marcelino e Pereda; Suárez e Lapetra. Esses 11 jogadores conquistaram o primeiro título da Fúria: a Euro 1964, contra a União Soviética. Ao todo, disputou 32 jogos e marcou 13 gols pela Espanha, tendo participado de duas Copas do Mundo da FIFA: Chile 1962 e Inglaterra 1966.

O "Arquiteto", como o apelidou Alfredo Di Stefano pela habilidade e visão de jogo, deixou a Inter em 1970, tendo jogado 328 jogos e marcado 54 gols, encerrando sua carreira três anos depois, na Sampdoria. Depois de pendurar as chuteiras, seguiu ligado ao futebol, como treinador. Mas, como ele mesmo reconhece, brincando, foi "bem melhor como jogador". Treinou, entre outros clubes, Internazionale, La Coruña e Cagliari, além de ter dirigido a seleção espanhola na Copa do Mundo da FIFA Itália 1990. Na ocasião, a Espanha caiu diante da Iugoslávia nas oitavas de final.

Concluída a carreira como técnico, Luis Suárez voltou a morar na Itália e passou a fazer parte do departamento técnico da Inter de Milão, o qual hoje não atua mais."

OBS: Matéria retirada do site da FIFA. Link do texto original >>> http://pt.fifa.com/classicfootball/players/player=44673/


Abaixo, um vídeo com os 10 gols mais bonitos que Suárez fez pela Inter


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